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segunda-feira, 12 de março de 2012

Os vinhos portugueses na história


Acontecimentos que marcaram a nação lusa estão intimamente ligados a seus vinhos.
       A narrativa da vinha e do vinho em Portugal remonta a tempos bem antigos, anteriores à Era Cristã, e seus feitos ocupam lugar de destaque na arte e na literatura portuguesa. Não há dúvidas de que foram os romanos (século II A.C.) os primeiros a estabelecer vinhedos na Lusitânia de forma organizada e que a vizinhança da foz do Tejo foi a primeira região lusa a cultivar a videira.
Um fato fundamental teve lugar em 1703 com a assinatura entre Portugal e Inglaterra do Tratado de Methwen: passava a vigorar um regime especial protegido para a entrada de vinhos portugueses na Inglaterra em troca de tecidos ingleses de lã.
      No fim do século XVIII surge a rolha de cortiça e verifica-se a extraordinária melhoria da qualidade dos vinhos com o envelhecimento em garrafas arrolhadas - o Porto foi o que mais se beneficiou disso. Sebastião José de Carvalho e Melo (1699 - 1782), Conde de Oeiras e Marques de Pombal, tornou-se a pessoa que dinamizou a produção vinícola portuguesa dedicando-se tanto aos vinhos generosos (Porto e Carcavelos) quanto aos vinhos de mesa (Bucelas).
      Não se pode esquecer que o cultivo na região do Rio Douro é milenar e já aparece nos escritos de Estrabão, geógrafo grego do século anterior à Era Cristã. Estima-se que o início do comércio do vinho do Porto, de origem duriense, porém centralizado na cidade do Porto, tenha começado em 1680 estimulado pelos comerciantes ingleses, antes, portanto, da ação do Marquês. Mas foi na administração dele que se fundou a Cia. Geral de Agricultura do Alto Douro e que a região foi delimitada de forma pioneira. Os marcos pombalinos, em pedra, atestam até os dias de hoje a ação desse destacado estadista português.
      Com o combate à filoxera, procedeuse o arranque das videiras em pé franco e sua substituição por videiras enxertadas. Com a importação de videiras americanas foi possível contornar a praga. Com elas, porém, veio o míldio, felizmente mais fácil de combater. Vencida a filoxera, no reinado de D. Carlos I, o rei-artista (1863 - 1908), foram demarcadas adicionalmente diversas regiões produtoras, entre elas o Dão, Colares, Carcavelos e Moscatel de Setúbal.
      A história do vinho português é parte inseparável da própria história de Portugal.

Península de Setúbal: os vinhos da região têm tradição histórica


Fonte: http://revistaadega.uol.com.br



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